sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Conheça algumas das actividades dos Monges Tibetanos

O Jornal i assistiu a algumas das actividades dos monges em Portugal.

À volta de uma mesa branca e baixa encontravam-se três almofadas dispostas no chão. A cliente de astrologia tibetana estava sentada à esquerda, no meio encontrava-se a intérprete (de inglês para português) e à direita Pempa Namgyal, o monge tibetano responsável pela leitura da carta astral tibetana, feita previamente por Lobsang Chodak - o mestre e mais antigo membro do Mosteiro de Gaden Shartse. O ambiente estava envolto numa luz amarela e num forte cheiro a incenso. A consulta de astrologia encontra-se dividida em três partes: primeiro a explicação da conjugação de energias; depois desmistificam-se os elementos - água, fogo, ferro, terra e madeira - e, por último a cliente saberá qual foi a sua última reencarnação e a sua ligação à vida actual. "Se tiveres questões, chamamos o mestre e ele pergunta ao oráculo. As perguntas têm de ter ordem específica", explicou Pempa à cliente.

Estes monges estão há oito anos em digressão mundial e fazem parte do primeiro grupo de monges tibetanos abençoados pelo Dalai Lama. Depois de passarem seis meses em Espanha e dois em Itália, no âmbito da Oitava Tour Mundial Pela Paz Interior, chegaram a Portugal no passado dia 30 de Outubro e partem dia 3 de Dezembro. O objectivo é divulgar o seu conhecimento sobre astrologia, medicina, cura psíquica e filosofia do Tibete. Realizam consultas, cerimónias, ateliês e workshops para promover a cultura tibetana em Portugal. "Este intercâmbio serve para que as pessoas ocidentais possam ter acesso e ficar mais interligadas com a cultura budista", conta Margarida Castro, coordenadora da Inkarri Portugal, a associação multicultural responsável pela visita.

A Puja Kangso foi outra das cerimónias presenciada pelo Jornal i. Dentro da sala encontravam-se cerca de 20 participantes, que procuravam eliminar obstáculos e ter protecção e apoio da deidade. Este é o objectivo desta cerimónia. O rito é, igualmente, separado por três fases, onde são recitados mantras preparados para o propósito. Na primeira - "o Refúgio de Buda" - pretende-se desenvolver a dedicação. A segunda, dedica-se à motivação. No fim é momento de oferendas à divindade, através do canto e da música, produzida com tambores, sinos e os Tingsha (uma espécie de pratos de choque tibetanos). Entre outras simbologias, Pempa Namgyal levou, a dada altura, para fora do espaço um bule vermelho, que representa a acumulação de energias negativas. Passada uma hora e meia o ritual termina e as negatividades já não pertencem àquele espaço, nem a quem lá se encontra.

Se quiser saber mais sobre estas ou outras actividades, ou inscrever-se em alguma cerimónia contacte-nos.

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